Cidades e Comunidades Sustentaveis – Beyond 2020  

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 – Inscricao gratuita ate 28 de Outubro para Beyond 2020 Cidades e Comunidades Sustentáveis, evento online  

Minapim por Hernan Valenzuela: BEYOND 2020 terá como foco a criação de vínculos claros entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS) mais relevantes e o meio ambiente construído. O centro da discussão será alcançar a Meta 11 de Desenvolvimento Sustentável da ONU, Cidades e comunidades sustentáveis ​​até o prazo de 2030. O ponto de vista da Beyond 2020, é que o melhor caminho para Cidades e Comunidades Sustentáveis ​​(ODS11) só será possível se outros ODS relevantes forem cumpridos.

O evento organizado pela Chalmers University, Instituto de Pesquisa da Suécia RISE, Johanneberg Science Park, Cidade de Gotemburgo, conta com a cooperação dos jornais científicos: Elsevier, Sustainability, Frontiers in Build Environment.

As perguntas chaves que nortearam os três dias do evento são:

  • Como o setor de construção pode contribuir para a criação de Cidades e Comunidades Sustentáveis ​​(ODS11) do futuro?
  • Que outros ODSs da ONU (veja abaixo) devem desempenhar um papel na busca do ODS11 da perspectiva do ambiente construído?
  • Como o papel e a importância dos ODS da ONU (relevantes para o ambiente construído) diferem em várias partes do mundo?
  • Que desafios e oportunidades resultam para o setor de construção com a implementação dos ODS da ONU.

 

Chrisna-Du-Plessis
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Michael-WONG
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Maimunah-Mohd-Sharif

Speakers convidados:

  • Roland Hunziker é Diretor de Edifícios e Cidades Sustentáveis ​​do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), com sede em Genebra, Suíça.
  • Anders Wijkman é um formador de opinião e autor. Ele é presidente do Conselho de Administração do Climate-KIC.
  • Holger Wallbaum é o anfitrião da conferência e professor titular em construção sustentável na Chalmers University of Technology em Gotemburgo, Suécia.
  • Maimunah Mohd Sharif é o Diretor Executivo do Programa de Assentamentos Humanos das Nações Unidas (UN-Habitat).
  • Marcene Mitchell – Chefe Global, Estratégia e Desenvolvimento de Negócios no Departamento de Negócios Climáticos da IFC | Grupo Banco Mundial.
  • Michael WONG Wai-lun é Secretário de Desenvolvimento do Governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong.
  • Kotchakorn Voraakhom – CEO e fundador da LANDPROCESS / Porous City Network, Tailândia.
  • Chrisna Du Plessis – Professora Associada e Chefe do Departamento de Arquitetura da Universidade de Pretória, África do Sul.
  • Robin Teigland – Professor de Estratégia, Gestão da Digitalização, Chalmers University of Technology.
  • Cristina Gamboa – CEO do World Green Building Council.
  • CHAN Ka-Kui é presidente do Conselho da Indústria da Construção.
  • Ada Colau Ballano, Prefeita de Barcelona.
  • CHEUNG Hau-wai é um dos diretores fundadores do Hong Kong Green Building Council (HKGBC) e agora Presidente do Conselho.
  • Björn Johansson – Gerente Ambiental Global, Bona.
  • Lena Hök – Vice-presidente sênior de investimentos ecológicos e comunitários da Skanska,

 

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Bjorn-Johansson
Anders-Wijkman
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Volker Buscher

O Comitê Organizador BEYOND 2020 selecionou os 11 tópicos a seguir para sessões NÃO científicas.

Todos os tópicos serão incorporados e claramente organizados na programação das sessões científicas e NÃO científicas, dentro do programa detalhado, ao longo dos 3 dias de conferência.

01 – MITIGAÇÃO E ADAPTAÇÃO CLIMÁTICA

O ambiente construído e o setor da construção têm um impacto significativo no meio ambiente. Os edifícios são responsáveis ​​globalmente por cerca de 30% do uso de energia e produzem cerca de 28% das emissões globais de CO2; o setor da construção produz cerca de 1/3 dos resíduos globais, sem falar da poluição do ar, da água e do ruído e da destruição de habitats naturais. Ao mesmo tempo, o ambiente construído, em particular nas cidades onde vive a maior parte da população global, está ameaçado pelos efeitos das mudanças climáticas. Isso inclui desastres relacionados ao clima que danificam a infraestrutura de água, energia, transporte, edifícios e telecomunicações.

Assim, é urgente que um maior enfoque seja colocado tanto na descarbonização do ambiente construído (tanto novos como existentes) como na melhoria das capacidades de adaptação climática das cidades, edifícios e infraestruturas.

Exemplos: construção com energia quase nula, renovação profunda no nível de edifício / distrito / cidade, exemplos de ambiente construído resistente ao clima (por exemplo, resistente a inundações / terremotos); projeto e construção de elementos de construção verdes; gerenciamento do efeito de ponte térmica; aplicação de novos materiais / métodos construtivos; pré-fabricação.

02 – REGENERAÇÃO URBANA, PLANEJAMENTO E PROJETO

A rápida urbanização é um dos maiores desafios globais. Com as cidades sendo o principal motor do crescimento e desenvolvimento econômico, a urbanização tem a capacidade de transformar positivamente a situação social e econômica local. Nesse sentido, o dinamismo das cidades representa uma grande oportunidade de desenvolvimento sustentável. Por outro lado, os erros cometidos na gestão do crescimento urbano são muito difíceis de desfazer. Os investimentos em infraestrutura, sistemas de uso do solo urbano e layouts podem ser difíceis de alterar por muitas décadas. Assim, incorporar o pensamento de sustentabilidade no projeto de cidades novas e existentes é de importância fundamental. Isso pode incluir, entre outros, características como eficiência energética, desenvolvimento de alta densidade, uma mistura de usos / usuários, provisão de espaços públicos e abertos, bairros onde se pode caminhar, acesso ao transporte público, garantia de habitação a preços acessíveis, presença de hortas comunitárias, atenção ao qualidade de vida geral e, muito importante, adaptação ao clima.

Exemplos: retrofit urbano para a sustentabilidade, projetos de regeneração urbana com a sustentabilidade em mente, novos distritos sustentáveis, desenvolvimento de cidades sustentáveis ​​no mundo em desenvolvimento / economias emergentes, cidades / distritos inteligentes.

03 – INCLUSÃO SOCIAL PARA SOCIEDADES VIVAS

Metade da população mundial vive em cidades, com tendência de aumento. Isso é acompanhado por algumas previsões de que devido ao forte ritmo de urbanização, as cidades se tornarão mais violentas, insalubres e socialmente exclusivas.

O ambiente construído pode desempenhar um papel na criação de comunidades e sociedades mais inclusivas.

Pode facilitar a inclusão social, bem como a construção de uma comunidade baseada no respeito mútuo e na solidariedade. Pode contribuir para a criação de sociedades habitáveis ​​que exigem oportunidades iguais, padrões de vida decentes e saúde urbana e bem-estar valiosos para todos, com a diversidade sendo vista como uma fonte de força.

Exemplos: projetos urbanos e distritais com inclusão social, projetos de habitação a preços acessíveis, projetos de construção para o bem-estar.

04 – PROMOVENDO ESTRUTURAS VERDES E AZUIS PARA AMBIENTES DE VIDA SUSTENTÁVEIS

A adaptação às mudanças climáticas é um dos maiores desafios que as comunidades locais enfrentarão no século 21. As abordagens baseadas em ecossistemas, juntamente com a preservação do patrimônio natural, terão de ser parte integrante dos esforços gerais de adaptação e mitigação das mudanças climáticas. Espaços verdes e estrutura azul são uma parte importante dele. Parques, playgrounds, cobertura vegetal, soluções em águas abertas e pluviais são exemplos de incorporação de estruturas verdes e azuis ao ambiente construído. Eles podem ajudar a garantir que os cidadãos tenham oportunidades adequadas de exposição à natureza, que a biodiversidade seja mantida, serviços ecossistêmicos sejam oferecidos, riscos ambientais como poluição do ar ou ruído sejam reduzidos ou impactos de eventos climáticos extremos sejam mitigados.

Exemplos: soluções orientadas para a natureza (por exemplo, arbustos, árvores, becos) como uma solução para ilhas de calor urbanas, inundações, poluição do ar e ruído; vegetação urbana para a biodiversidade, saúde pública e segurança, bem como soluções para tratamento de águas pluviais e escoamento; parques e áreas de recreação, jardins urbanos, viveiros de plantas, lagoas e várias áreas urbanas e naturais (pântanos, bosques e reservatórios de água de superfície) para maior sustentabilidade e adaptação ao clima, agricultura urbana.

05 – PROJETO PARA ESPERANÇA

A urbanização, globalização e modernização que vivemos nas últimas décadas trouxeram muitos efeitos positivos simplificando nosso dia a dia. Ao mesmo tempo, essas tendências que afetaram a forma como as sociedades em todo o mundo, também tiveram alguns efeitos negativos, entre outros que podem ser observados em nosso ambiente construído. Antes, expressão do caráter e da cultura locais, o ambiente construído tornou-se, em certa medida, vítima da busca pela prosperidade ocidental e pela produção rápida e pronta, perdendo ao mesmo tempo seu caráter local e individual. O ambiente construído é um reflexo das necessidades e desejos humanos e, portanto, a capacidade da arquitetura local de expressá-lo através dos edifícios é crucial. “Design for hope” procura novas (velhas) formas de criar edifícios e lugares que respeitem o contexto local e a biodiversidade, estão fortemente enraizados na história, na paisagem e na comunidade; e são sustentáveis, bonitas e um prazer morar.

Exemplos: o papel da beleza no design, arquitetura e planejamento; boas práticas de ambientes habitáveis ​​(escolas, parques, patrimônio natural); lugares admiráveis.

06 – SAÚDE, CONFORTO E BEM-ESTAR PARA UMA VIDA MELHOR

Muitas pessoas em todo o mundo passam mais de 80% do tempo em edifícios. Além disso, muitos dos problemas crônicos de saúde da sociedade moderna relacionados à falta de atividade física, estresse e dieta pobre podem estar direta ou indiretamente ligados à arquitetura de edifícios e cidades. Portanto, um projeto de construção, incl. uma boa qualidade do ambiente interno é fundamental para que nos sintamos confortáveis ​​e produtivos em casa, no trabalho ou na escola. Consequentemente, há uma demanda crescente por um ambiente construído que aborda mais intencionalmente a experiência humana, a saúde e o bem-estar como elementos essenciais da prática de construção verde, tanto no nível de construção, quanto no nível distrital e até mesmo municipal.

Exemplos: projeto de construção / soluções inovadoras que contribuem para uma boa qualidade ambiental interna em edifícios residenciais, de escritórios / de trabalho e de educação, projeto de construção centrado no ser humano; ambiente construído socialmente justo, culturalmente rico e ecologicamente restaurador; ambiente construído para saúde e bem-estar; práticas de minimização da poluição do ar nas cidades.

07 – SISTEMAS DE ENERGIA PARA O FUTURO

Os combustíveis fósseis ainda desempenham um papel dominante nos sistemas globais de energia hoje. Ao mesmo tempo, os combustíveis fósseis também têm um impacto muito negativo na poluição do ar, bem como nas emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa.

Para enfrentar a crise das mudanças climáticas, é essencial que novos sistemas de energia renovável sejam desenvolvidos, implementados e ampliados. Ao mesmo tempo, é necessário buscar melhorias abrangentes na eficiência energética. Soluções inovadoras, iniciativas e abordagens de pensamento de sistema serão necessárias para que a transição energética ocorra. O ambiente construído terá que desempenhar um papel essencial nesta transição energética.

Exemplos: estratégias / projetos de energia limpa em nível de distrito / cidade, intervenções de eficiência energética de amplo alcance.

08 – SISTEMAS DE TRANSPORTE RESILIENTES E SOLUÇÕES DE MOBILIDADE

Os sistemas de transporte estão entre os sistemas mais complexos e críticos de uma grande cidade. São essenciais para o funcionamento diário das cidades, bem como para o seu crescimento e prosperidade a longo prazo. Por outro lado, são considerados as principais fontes de emissões de CO2, poluição do ar e levam a um grande número de acidentes fatais em todo o mundo. Além disso, eles também correm o risco de uma variedade de choques relacionados às mudanças climáticas, incluindo inundações, ondas de calor e terremotos. É por isso que as cidades têm que se adaptar cada vez mais, expandir e reforçar os seus sistemas de transporte e oferecer soluções de mobilidade inovadoras e mais sustentáveis, de forma a minimizar o seu impacto climático e, ao mesmo tempo, torná-los mais resilientes.

Exemplos: projetos de infraestrutura de transporte seguros, baratos e acessíveis; soluções de mobilidade de baixa emissão para uma cidade sustentável; novos modelos de negócios ou iniciativas.

09 – AMBIENTE CIRCULAR CONSTRUÍDO E METABOLISMO URBANO

O ambiente construído em que vivemos hoje continua a ser projetado em torno do modelo linear de ‘fazer e descartar’, no qual os materiais são obtidos, usados ​​e, em seguida, descartados como resíduos. Esta abordagem resulta em desperdício estrutural significativo e tem contribuído para tornar o ambiente construído um dos maiores consumidores mundiais de recursos e matérias-primas, e um grande produtor de resíduos e emissões de carbono.

Assim, é fundamental reforçar o estabelecimento de práticas de economia circular no ambiente construído, onde materiais e produtos renováveis ​​são usados ​​sempre que possível, a energia é fornecida a partir de fontes renováveis, resíduos e impactos negativos são projetados, bem como materiais, produtos e os componentes são gerenciados em loops.

Exemplos: modelos circulares de negócios no setor da construção; abordagens para redução eficiente de resíduos de construção; edifícios produtivos flexíveis; projetar para manutenção e desconstrução; sistemas integrados de infraestrutura; normas e regulamentos de apoio.

10 – INOVAÇÃO MATERIAL

As emissões de carbono incorporadas em edifícios são produzidas durante a fabricação, transporte, instalação, manutenção e descarte de produtos e materiais que entram em edifícios e representam cerca de 11% das emissões globais. Assim, não apenas constituem emissões incorporadas em uma proporção significativa da pegada de carbono geral de um edifício, mas as reduções no carbono incorporado ocorrem a curto prazo, o que é crítico considerando a urgência da ação climática. Por esta razão, é fundamental olhar para a inovação de materiais e tecnologia que permitirá reduzir ou eliminar as emissões incorporadas no ambiente construído por meio de, e. substituição de material, construção leve, design para impactos de baixo custo. A reintrodução de tecnologias de construção tradicionais também pode desenvolver mercados locais de materiais e apoiar uma participação mais ampla na construção de assentamentos humanos.

Exemplos: novos materiais de construção eficientes em termos de recursos e / ou de baixa emissão; exemplos de soluções tecnológicas para construção livre de fósseis; construção leve; design para flexibilidade e adaptabilidade, necessidade de baixa manutenção e reciclabilidade, materiais nanotecnológicos.

11 – DIGITALIZAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA PARA UM AMBIENTE CONSTRUÍDO SUSTENTÁVEL

Em toda a sociedade, uma transformação digital e tecnológica está ocorrendo e afetando processos e stakeholders da construção civil. Para que o ambiente construído se torne sócio-economicamente eficaz e sustentável em linha com os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), a digitalização e as tecnologias inovadoras precisam facilitar o planejamento, projeto, construção e gestão do ambiente construído. Nesse desenvolvimento, tanto os fluxos circulares de recursos quanto a economia circular são as principais forças motrizes. Tendo a sustentabilidade como ponto de partida, a digitalização e a inovação tecnológica sob várias formas, juntamente com a evolução dos processos e métodos industriais, podem contribuir para a transformação sustentável do ambiente construído a todos os níveis (edifício, distrito, cidade).

Exemplos: soluções digitais inclusivas e inteligentes para um ambiente construído sustentável; tecnologias de automação e autoaprendizagem; blockchain; digitalização de dados aprimorados e compartilhamento de informações, comunicação na cadeia de valor da construção e monitoramento operacional e da construção civil; digitalização apoiando a descarbonização da construção e a eficiência do edifício; pré-fabricação, BIM, robitização, gêmeos digitais, impressão 3D, edifícios inteligentes, distritos e cidades.

Fontes: Beyond 2020    Chalmers University

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