Mudança climática – Exportadores de petróleo, carvão e gás podem fazer mais

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Fumaça de carvão contaminando o ambiente

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No artigo “O caso de um tratado climático do lado da oferta”, publicado esta semana na prestigiosa revista Science, pesquisadores noruegueses estão defendendo a criação de um acordo climático entre produtores de petróleo, carvão e gás. Segundo os pesquisadores, tal acordo aumentaria a probabilidade de atingir a meta de dois graus do Acordo de Paris.

O artigo é escrito por nove economistas noruegueses reconhecidos internacionalmente pela Universidade de Oslo, pela Statistics Norway, pela OsloMet e pela Universidade Norueguesa de Ciências Ambientais e da Vida.

Source UIO University: – Mudança climática: Se a oferta de combustíveis fósseis for reduzida, os preços internacionais dos combustíveis fósseis aumentarão. Países com metas climáticas ambiciosas podem, portanto, ter um impacto maior sobre suas medidas no âmbito do Acordo de Paris. O aumento dos preços impede que a demanda seja transferida para outros países menos ambiciosos por causa do vazamento de carbono, explica uma das pesquisadoras, a professora Karine Nyborg, da Universidade de Oslo.

– O aumento dos preços internacionais também estimulará as comunidades de negócios e pesquisa a desenvolver novas tecnologias de baixa emissão – não apenas em países que tenham uma política climática ativa e eficiente, mas em todos os países, acrescenta o coautor Taran Fæhn, diretor de pesquisa da Statistics Norway.

O artigo argumenta que isso não precisa ser uma política cara. Se o acordo de Paris for bem-sucedido, a produção de petróleo, carvão e gás estará, de qualquer forma, alinhada com o consumo. Uma restrição concomitante da oferta não terá efeito adicional sobre as emissões, mas também não causará danos. Pelo contrário, de acordo com os autores do artigo, pode tornar a política climática mais barata, afastando os investimentos em exploração e extração de combustíveis fósseis que mais tarde se revelarão não lucrativos.

Se, por outro lado, o Acordo de Paris falhar, uma restrição internacional ao fornecimento de combustíveis fósseis garantirá que o mundo ainda evite a pior mudança climática. Assim, tal acordo atua como um esquema de seguro.

Se vários tipos de medidas forem abertas na cooperação climática internacional, os custos de redução de emissões normalmente cairão para cada país. Uma coalizão de países produtores torna as contribuições ainda mais eficazes. Além disso, os países exportadores se beneficiarão do aumento dos preços de seus combustíveis fósseis.

– Muitos produtores de combustíveis fósseis até agora têm relutado em fazer promessas no Acordo de Paris. Colocar a política do lado da oferta na política climática pode envolver esses países. Os países produtores perderão recursos intocáveis, mas se beneficiarão do aumento dos preços internacionais do combustível, diz o professor Geir Asheim, da Universidade de Oslo, que coordenou o trabalho sobre o artigo.

Autores:

Geir B. Asheim(professor, UiO) Karine Nyborg(professora, UiO), Bård Harstad(professor, UiO) Michael. O. Hoel(professor emérito, UiO), Diderik Lund(professor emérito, UiO), Mads Greaker  – Professor, OsloMet (Oslomet.no),      Knut Einar Rosendahl  – Professor da Universidade Norueguesa de Ciências Ambientais e da Vida (nmbu.no)

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