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– A Universidade de Osaka anunciou que desenvolveu um novo tratamento para insuficiência cardíaca, que envolve a pulverização de células-tronco diretamente na superfície do coração e tem como objetivo disponibilizá-lo aos pacientes em três a cinco anos.
Minapim by Hernan Valenzuela: Criado por uma equipe liderada por Yoshiki Sawa, professor de cirurgia cardiovascular da universidade, o tratamento para insuficiência cardíaca é simples não requer o uso de instalações de processamento celular, o que significa que pode ser facilmente colocado em prática em hospitais sem elas.
O tratamento visa pacientes com cardiomiopatia isquêmica, uma condição na qual os músculos do coração não recebem suprimento sanguíneo suficiente. Se piorar, os músculos do coração se tornam necróticos e a capacidade do coração de bombear sangue diminui.
O novo método envolve a pulverização de células-tronco mesenquimais em soluções adesivas no coração dos pacientes durante a cirurgia de revascularização do miocárdio. O processo leva menos de um minuto.
“Ao conduzi-lo simultaneamente com a cirurgia de revascularização do miocárdio, ajuda na recuperação das funções cardíacas”, disse Sawa em entrevista coletiva.
A equipe tem como objetivo verificar a segurança e a eficácia do tratamento, realizando um ensaio clínico conduzido por um médico no Hospital da Universidade de Osaka e obter uma aprovação para a cobertura de serviços públicos de saúde.
O professor Yoshiki Sawa, cirurgião cardíaco da Universidade de Osaka, no Japão, vem desenvolvendo essa terapia IPSC para pacientes com doenças cardíacas. A técnica envolve o uso de IPSCs para criar uma folha de 100 milhões de células musculares cardíacas e enxertá-las no coração, onde elas parecem liberar fatores de crescimento que promovem a regeneração dos músculos danificados.
A técnica foi testada em porcos no ano passado e demonstrou melhorar a função do órgão, de modo que Sawa prontamente submeteu um plano de pesquisa para realizar ensaios em pacientes humanos. Esse plano agora foi aprovado condicionalmente pelo Ministério da Saúde do Japão. Três pessoas estão programadas para receber o tratamento e, em seguida, serão observadas nos 12 meses seguintes.
Esse caminho para o uso clínico é possível pelo sistema de aprovação rápida do Japão, que foi introduzido em 2014, e não sem críticas. O sistema visava aumentar o acesso a medicamentos regenerativos, introduzindo leis que permitem o uso de tratamentos emergentes, desde que comprovadamente seguros, com apenas sugestões de sua eficácia.
A mesma equipe já havia desenvolvido um tratamento separado, que envolve o transplante de “lençóis” de células musculares cardíacas criadas pela cultura de células retiradas das coxas. Embora o tratamento já esteja em prática, ele não se tornou popular, pois o método requer uma instalação de processamento celular.
De qualquer forma, a equipe procurará acompanhar este primeiro estudo em humanos com um estudo clínico maior envolvendo cerca de 10 pacientes. Se tudo correr como planejado nessa frente, a disponibilidade comercial poderá ocorrer.
Fontes: Nature Osaka University
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